REDES SOCIAIS

As redes sociais mudaram a forma como comunicamos e nos relacionamos;

O seu impacto não pode ser subestimado. 

Sabemos que existem aspectos positivos de sociabilidade nas redes sociais e que estas não conduzem necessariamente ao isolamento social (cf. Ellison, Steinfield & Lampe, 2007; Valenzuela, Park & Kee, 2009). Elas podem permitir que uma pessoa faça parte de uma comunidade na qual se compartilham pensamentos ou preocupações, assim como amparo social em alturas difíceis e/ou desafiadoras. Possibilitam ao utilizador a criação de relacionamentos interpessoais que passem para a vida real; o reencontro de amizades antigas ou o fortalecimento das atuais e a informação sobre os eventos sociais a decorrer.
Permite mostrar, através de fotografias, uma imagem de popularidade entre os amigos e um perfil socialmente desejável, o que é um processo favorável à integração social na vida offline.
Outro dos aspectos positivos é a expressão, exploração e construção da identidade, por parte dos adolescentes, através da partilha de imagens que expressam os seus interesses, paixões e a forma como se identificam com o mundo que os rodeia. Ao encontrarem aceitação e aprovação por parte dos outros, a sua autoestima e autoaceitação são promovidas.
Para os estudantes, as redes sociais são também um ambiente de aprendizagem, no qual revelam uma maior participação e envolvimento (cf.Mattar, 2013).

© Neonbrand

Apesar de as redes sociais serem uma plataforma para os indivíduos se expressarem, e de grande parte dessa interação ser positiva, é importante lembrar que também pode levar a abusos, a feedback negativo ou mesmo a situações de cyberbullying que constituem um fator de risco para a saúde mental, educação e relacionamentos sociais.

O impacto na saúde mental

Foi recentemente realizada, no Reino Unido, uma investigação pela Royal Society for Public Health, com perto de 1500 jovens com idades compreendidas entre os 14 e 24 anos. A estes, foi pedido que classificassem cada uma das plataformas sociais segundo critérios relacionados com saúde e bem-estar.
O YouTube foi considerado o mais positivo e o Instagram, com mais de 80 milhões de posts diários, o que pior impacto tem na saúde mental, a seguir ao Snapchat.
Sabemos que um dos perigos das redes sociais é serem propícias ao desenvolvimento de comportamentos aditivos (Al-Menayes; 2015) e que estas podem ser usadas compulsivamente como forma de alienação e evitamento da realidade e das interações sociais reais, ou como fuga de um estado depressivo e/ou ansioso.
Sabemos que um dos perigos das redes sociais é serem propícias ao desenvolvimento de comportamentos aditivos (Al-Menayes; 2015) e que as redes sociais podem ser usadas compulsivamente como forma de alienação e evitamento da realidade e das interacções sociais reais ou como fuga de um estado depressivo e/ou ansioso.

© Noiseporn

É importante realçar que a dependência implica alterações do padrão de sono, frequentemente devido a sessões noturnas online, que retiram tempo e qualidade ao descanso. Isto pode suprimir a melatonina e, consequentemente, atrasar o ritmo circadiano. Causa também fadiga, falta de concentração, má gestão do tempo, apatia e irritabilidade quando offline, uma forte necessidade de estar constantemente ligado para não perder o fluxo de fotografias e acontecimentos que estejam a decorrer online, isolamento social e um forte impacto no bem-estar emocional.

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