Mais uma vez, voltamos a ser surpreendidos e não podíamos ficar mais fascinados, com a “subtileza” e genialidade do artista Evan Claver.
Por todos os motivos e mais alguns, recomendamos vivamente a visita à nova exposição do artista, patente na Galeria 10 A da Africell, (Edifício da Africell – Kings Towers, 10º andar, na Rua dos Municípios Portugueses, Largo do Ambiente, Kinaxixi).
© Mello Silva
Recorrendo principalmente à sátira social e política, o artista questiona a veracidade dos media e a passividade dos observadores, criando um reino teatral no qual as imagens servem como armas sedutoras de expressão.
Evan Claver apresenta-nos uma reflexão sobre a vida urbana em Angola e a exploração profunda dos “memes” como forma de arte, retratando a sociedade angolana e eternizando momentos que se situam entre o nascimento e a morte.
Desafiando os media e aproveitando a liberdade que os “memes” permitem, nas redes sociais, de expressar opiniões numa partilha frenética de fotos, imagens e textos, cria um retrato teatral do quotidiano.
Segundo Claver: “Esta exposição representa a necessidade de captar a energia, o caos, o calão, o drama e a felicidade que definem o povo angolano.”
© Mello Silva
No trabalho de Evan Cláver, a cor e o movimento são habilmente usados para retratar a vivência quotidiana, aparentemente banal, para uns, curiosa, para outros, cujos rituais, hábitos, manias e afins compõem a nossa essência.
Explorando tópicos quentes, por vezes polémicos, recorre ao humor e à sátira para amenizar a teatral realidade (EH!) de um povo que, segundo o artista (e todos nós), deve ser homenageado.
E deslumbramo-nos com a normalidade, quem diria, impressionamo-nos com a (quase) brutalidade, revemo-nos em cenários de hoje e de outrora, questionando-nos se farão parte do de amanhã.
© Mello Silva
Artista autodidacta de Luanda, Angola, começou a desenhar desde cedo. Estudou cinema e cinematografia. Peculiar por usar desenhos (rabiscos) para retratar a dinâmica, o caos e o movimento da vida urbana, adopta uma perspectiva de desapego que lhe permite, através das linhas, representar a realidade frenética do quotidiano que observa.
Artista autodidacta de Luanda, Angola, começou a desenhar desde cedo. Estudou cinema e cinematografia. Peculiar por usar desenhos (rabiscos) para retratar a dinâmica, o caos e o movimento da vida urbana, adopta uma perspectiva de desapego que lhe permite, através das linhas, representar a realidade frenética do quotidiano que observa.Recorrendo principalmente à sátira social e política, o artista questiona a veracidade dos media e a passividade dos observadores. Evan cria um reino teatral no qual as imagens servem como armas sedutoras de expressão.
Em Angola, Evan Cláver é um artista de renome, tendo participado em inúmeras exposições nacionais e internacionais.
Algumas exposições e eventos notáveis em que participou incluem a 1ª Trienal de Luanda, “Dipandapara Sempre” da Fundação Sindika Dokolo em 2004, Fuckin’ Globo em Luanda em 2016, AMREF HEALTH AFRICA ARTBALL em Nova Iorque em 2017, Sede das Nações Unidas no Brasil em 2017, Beyond Borders da Sotheby’s na Africell Galeria 10A em 2024 e a FNB Joburg Art Fair, também em 2024, entre outras.
As suas obras de arte foram incluídas em diversas colecções particulares.
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