ÓLEO DE PALMA
O óleo de palma é o óleo vegetal mais produzido no mundo, com 66 milhões de toneladas por ano.
Nos últimos anos, as plantações de óleo de palma já se estenderam, mundialmente, a mais de 27 milhões de hectares de terras.
Florestas tropicais, pessoas e animais já tiveram de recuar uma área do tamanho da Nova Zelândia para dar lugar a essas plantações.
© evablue
A sua grande produção tornou o seu preço mais baixo e é possível encontrá-lo em 1 a cada 2 produtos no supermercado.
Este óleo vegetal é encontrado tanto em produtos alimentares (doces, bolachas, comida pré-cozinhada) como na cosmética (maquilhagem, cremes hidratantes, sabonetes).
Mas não é apenas esse o seu destino, visto que, em 2018, metade das importações para a Europa teve como aplicação a produção de biodiesel.
Os maiores produtores de óleo de palma são neste momento a Indonésia (que exporta maioritariamente para a China e India) e a Malásia (exporta para a União Europeia, o Paquistão, a China, os EUA e a Índia).
“Apesar de este óleo ser um grande impulsionador para a economia destes 2 países, em particular, também traz grandes riscos tanto para as comunidades mais pobres como para a vida animal e florestal.”
© Tobias Tullius | unsplash
Este não é apenas um problema local para a Indonésia ou a Malásia.
“A desflorestação das florestas tropicais e a drenagem e queima de turfeiras ricas em carbono para novas plantações, libertam quantidades significativas de poluição de carbono em todo o mundo, tornando o óleo de palma um grande impulsionador da mudança climática induzida pelo homem”
© Earth Touch News Network
Em 2018, o Parlamento Europeu votou pela abolição do uso do óleo como biofuel até 2020. O Governo da Malásia diz estar disposto a tudo para proteger o setor, avaliado em milhões de dólares, afirmando que retirou milhões de habitantes da pobreza.
Apesar da incorporação de biodiesel em combustíveis ser mais sustentável, o impacto provocado nas florestas e o consumo de recursos como água e solo noutras regiões indica que esta solução não configura uma alternativa definitiva.
A única forma de minimizarmos o impacto desta produção em massa é reduzir o consumo do óleo de palma rejeitando a sua incorporação em produtos alimentares e procurar formas mais eficientes de transporte, como os transportes públicos, que têm menor consumo de combustível por pessoa transportada, ou por outro lado, confirmar se este é produzido de forma sustentável pela RSPO.
A WWF é uma das grandes entidades reguladoras do tratamento do óleo de palma e é possível consultar quais as marcas que seguem as regulamentações.
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