AA pegada de carbono mede a quantidade de dióxido de carbono produzido por indivíduos, organizações, eventos ou produtos, nas atividades e rotinas diárias, e que é libertado para a atmosfera.
Inclui emissões diretas, como as que resultam da combustão de combustíveis fósseis na indústria, no aquecimento e nos transportes, e também as emissões necessárias para produzir a eletricidade associada a todos os bens e serviços consumidos.
Além disso, o conceito de pegada de carbono também inclui muitas vezes as emissões de outros gases de efeito estufa, como o metano, o óxido nitroso ou os clorofluorcarbonetos (CFCs).
Esses gases de efeito de estufa mantêm o calor na atmosfera do planeta, contribuindo para o aquecimento global, que tem efeitos prejudiciais para o meio ambiente e para a manutenção da vida na terra. Por tudo isso, reduzir a nossa pegada de carbono é a nossa melhor contribuição para um planeta mais verde e mais saudável.
Em média, cada ser humano tem uma pegada de carbono de cerca de 4 toneladas por ano, ou seja, cada um de nós produz, todos os anos, cerca de 4 toneladas de dióxido de carbono.
Curiosamente, na América do Norte, a produção de dióxido de carbono, por pessoa, é 5 vezes maior do que a média mundial. Na Europa, esses valores são significativamente menores, sendo a média estimada em cerca de 7 toneladas por pessoa, e na Ásia o valor diminui ainda mais para cerca de 3 toneladas. Já em África, o valor é significativamente mais baixo, passando ligeiramente para 1 tonelada por cidadão.
Como Medir a Pegada de Carbono?
Como a pegada de carbono está diretamente relacionada com os nossos hábitos diários, a sua medição é feita tendo em conta inúmeros fatores pessoais, como: a nossa idade, o local onde vivemos, o tamanho da nossa casa, os nossos custos energéticos mensais (água, luz, gás), a quantidade de lixo que produzimos, os nossos hábitos de reciclagem, os nosso hábitos de consumo, sobretudo o tipo de alimentos que compramos e a forma como são produzidos, as viagens que fazemos e os meios de transporte que privilegiamos.
Reduzir a pegada de carbono
Existem inúmeras maneiras de reduzir a nossa pegada de carbono, e todas elas passam pela alteração de hábitos e rotinas diárias, mas o primeiro passo deverá ser utilizar uma das ferramentas existentes online para fazer o cálculo e tomar consciência do tamanho da nossa pegada. A seguir, independentemente do valor obtido, devemos focar-nos em pequenos hábitos que podemos criar para reduzir impactos negativos que possamos estar a provocar no ambiente.
· Comer menos carne, sobretudo carne vermelha, privilegiando sempre que possível a dieta vegan, já que o impacto ambiental é 100 vezes menor do que o de uma dieta tradicional. É importante salientar que, em termos alimentares, aquilo que comemos é mais relevante do que a sua proveniência, já que a maioria das emissões sucede mais na produção do que no transporte dos bens.
· Em casa, reduzir o consumo energético, sobretudo no aquecimento e arrefecimento, tanto do ambiente quanto da água, e ainda desligar equipamentos e luzes que não esteja, a ser utilizados. Separar e reciclar também deve ser prioritário.
· Comprar menos, mas com melhor qualidade, para que seja mais durável, optar por compras vintage ou em segunda mão, dar preferência a materiais mais ecológicos e reciclado, e doar aquilo que já não nos serve, que não precisamos ou que já não usamos também é cada vez mais fundamental.
As mudanças climáticas são um tema sempre em destaque desde há alguns anos e apesar de ainda existirem muitas incógnitas em termos de impactos futuros e as soluções reais exijam ações a uma escala global, existem escolhas que podemos fazer individualmente, no nosso dia-a-dia, para diminuir o nosso impacto e a nossa pegada, contribuindo para um bem maior que nos afeta não só a nós mas sobretudo às gerações futuras.
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