Criado em 2007 pela ONU, o Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo foi celebrado no dia 2 de Abril. E neste sentido, no passado dia 30 de Março, a associação Coração Azul e a marca Fio D’oro, realizaram a 7ª edição do Cinema Azul, para 85 crianças portadoras de espectro de autismo, beneficiarem de momentos de lazer, no Shopping Avennida (Luanda).
O filme exibido foi “Panda do Kung Fu 4”, numa sessão inclusiva adaptada com muitos cuidados especiais. Numa entrevista exclusiva, à Revista Baiga Maria Da Luz, representante do Coração Azul, partilhou alguns detalhes por trás desta iniciativa.
O nosso papel é de mobilizar, informar e apoiar tanto as famílias quanto as crianças, além de cooperar com a equipa do cinema e interagir com os parceiros. Essa ideia surgiu da colaboração com a parceira Zânia da Silva da marca Fio D’oro, que trouxe a proposta após conhecer projectos similares em outros países.
© Mello Silva
Para tornar as sessões mais acessíveis, o cinema ajustou a iluminação, reduziu o volume do som, moderou a temperatura e permitiu maior liberdade de movimento, além de oferecer preços mais acessíveis. As crianças foram acompanhadas por familiares ou cuidadores, com apoio voluntário sempre disponível para questões comportamentais e sensoriais.
Maria da Luz, acrescentou ainda os grandes benefícios do cinema inclusivo: “são diversos, desde sensibilizar e educar sobre a inclusão, até proporcionar momentos de alegria e conforto para as crianças e as suas famílias. Muitas crianças estão a habituar-se a frequentar o cinema, demonstrando alegria ao perceberem que estão a assistir um filme novamente, também se viu uma grande alegria por parte de algumas famílias que pela primeira vez viram os seus filhos acolhidos sem preconceitos”.
© Mello Silva
Já a fundadora da Fio D’oro, Zânia da Silva, partilhou com a Revista Baiga, o apoio vital da marca nesta actividade: começando pelo acompanhamento da preparação, contacto com as instituições beneficiadas de ingressos para elaboração da informação dos participantes, ao envio de informações para os parceiros e partilha da actividade nas redes sociais, até às sugestões de filmes.
A iniciativa não apenas proporciona momentos de diversão, mas também promove a conscientização e a construção de uma sociedade mais inclusiva. Como Maria da Luz enfatizou, é essencial que todas as associações e a sociedade civil apoiem esse tipo de iniciativa, porque juntos podemos tornar Angola um lugar mais inclusivo para todos.
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