A ROMANTIZAÇÃO DA IMIGRAÇÃO FEMININA


DDe acordo com o relatório (International Migration 2020 Highlights), elaborado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da #onu o número global de migrantes internacionais atingiu 281 milhões no ano passado, sendo que as mulheres e as #jovens representam 48% desta #comunidade As motivações  em sua maior parte são melhores condições de vida, segurança e estabilidade. O núcleo familiar já não é mais uma regra para a #imigração feminina,  #mulheres migrantes sozinhas em busca de sua autonomização, já é uma realidade mais visível nas ultimas décadas.



Ser mulher em uma sociedade que espera sua dependência emocional e financeira ainda nos dias de hoje, marcará sua existência com  situações , que a imigração não irá te poupar de viver. Por esta razão as altas expectativas e a desinformação em torno da imigração, geram tantos  riscos e frustrações, principalmente para mulheres sozinhas.

Como foi o caso de Rosiney Trindade de Oliveira, imigrante brasileira de 31 anos, que recebeu uma proposta de emprego para trabalhar em um restaurante na região de Coimbra #portugal onde além do salário, receberia refeições e estadia, o que para uma mulher imigrante sozinha, que quer viver de forma regular em um pais estrangeiro, é praticamente um sonho.

Porém, deste sonho restaram apenas seus documentos e celular!

Rosiney está desaparecida desde 14/11/2018. Existem várias hipóteses e especulações sobre o caso,  porém até hoje ninguém respondeu “Onde está Rosy?

Como mulher imigrante e  independente que também sou, sempre ressalto que não há glamour na imigração, por esta razão não podemos romantizá-la!

Se informar e tirar todas as dúvidas sobre o local no qual vai viver, para que este processo seja o mais confortável e seguro possível, visto que as burocracias são infinitas, são pontos mais do que necessários na jornada da #imigração

Com a imigração aprendi a dizer,  “NÃO ME TOQUE” aos assediadores, responder à altura comentários xenofóbicos e racistas,  respeitar e amar meu país e minha ancestralidade, e conquistar cada um dos objetivos que me fizeram  sair do colo da minha família, para morrer de saudades tão longe. E isso tem preço.



Perguntas de praxe como:

Você veio com quem? Você tem alguém aqui? Você veio por quê? E o machismo estrutural e frágil que  não superam a independência feminina, já nem abalam mais…

A sociedade  nunca esteve preparada para mulheres destemidas, fossem elas fadas ou bruxas. Precisamos ter consciência disso.

 Então faça o que tiver vontade de fazer, e se alguém te perguntar por quê?

Responda: Porque eu quis! E Siga

Depois vem aqui e nos conte como está sendo a sua jornada.

Embora o exílio não seja algo que se deseje por diversão, há um ganho inesperado nele: são muitos os presentes do exílio. Tira a fraqueza a tapas, faz desaparecer as lamúrias, habilita a percepção interna aguda, aumenta a intuição, confere o poder da observação penetrante…” -Livro : Mulheres que correm com os lobos


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