MORTALIDADE MATERNA E INFANTO-JUVENIL


OO alto número de mortes maternas em algumas áreas do mundo reflete desigualdades no acesso aos serviços de saúde e destaca a lacuna entre ricos e pobres. Quase todas as mortes maternas (99%) ocorrem em países em desenvolvimento. Mais de metade delas ocorre na África Subsaariana. Mais de metade das mortes maternas ocorrem em ambientes frágeis e em contextos de crises humanitárias.

O risco de mortalidade materna é mais alto para adolescentes menores de 15 anos e as complicações na gravidez e no parto são uma das principais causas de morte entre esse grupo em países em desenvolvimento.


Mortalidade Materna
 

As mulheres nos países em desenvolvimento têm, em média, muito mais gestações do que as mulheres nos países desenvolvidos, e por isso, sofrem um maior risco de morte relacionada à gestação ao longo da vida.

Causas da Mortalidade Materna

As mulheres morrem como resultado de complicações que ocorrem durante ou depois da gestação e do parto. A maioria dessas complicações se desenvolve durante a gravidez e a maior parte delas pode ser evitada e tratada.

As principais complicações, que representam quase 75% de todas as mortes maternas, são:

  • Hipertensão;
  • Hemorragias graves (principalmente após o parto);
  • Infecções (normalmente depois do parto);
  • Complicações no parto;
  • Abortos inseguros.

Inspirado numa história verídica. Mwende deu à luz a um bebé deformado, as pessoas da sua aldeia africana, acreditaram que foi amaldiçoada pelo diabo. Agora, Mwende está grávida outra vez. E o feiticeiro disse aos aldeões que os espíritos falaram: “a coisa que cresce na barriga da Mwende é uma criança do diabo e tem que ser destruída”. Sendo que os aldeões acreditaram que nada mais se podia fazer, nem mesmo pelo seu marido. Um dia depois o marido de Mwende descobre que a mesma se fora embora misteriosamente da aldeia.
Andou dias pela Savana, com a missão de encontrar um lugar onde iriam tomar conta do seu bebé. Finalmente, chega a uma aldeia e mesmo sem saber o que o médico estava a fazer, sabia que encontrara o lugar que procurara…
Em África, devido às tradições locais, pobreza e aldeias em locais remotos, poucas mulheres recebem até o mais básico exame pré-natal. Quase 1 em cada 10 bebés não vai ter a oportunidade de ver a Savana. As soluções médicas da Mindray são acessíveis até nos lugares mais recônditos do mundo.

A maioria das mortes maternas é evitável. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pré-natais durante a gestação, cudados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas após o parto. A saúde materna e do recém-nascido estão intimamente ligadas.

Mortalidade Materna
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As mulheres pobres em áreas remotas são as menos propensas a receberem cuidados de saúde adequados, uma vez que não têm acesso a profissionais de saúde qualificados.

Outros fatores que impedem as mulheres de receberem ou procurarem cuidados durante a gestação e o parto:

  • Pobreza
  • Distância
  • Falta de informação
  • Serviços inadequados
  • Práticas culturais

Mortalidade Materna
 

Segundo o UNFPA: “Em Angola 37% das raparigas entre os 15 e os 19 anos já tiveram a sua primeira gravidez, isto está relacionado com o abandono escolar. Um dos principais indicadores que predizem a pobreza de uma criança é a idade e a educação da mãe. Portanto a gravidez precoce perpetua o ciclo de pobreza que passa de geração em geração”.

A taxa de fecundidade adolescente em Angola, 163 nascimentos por 1.000 meninas entre os 15 e 19 anos, é uma das mais altas da região e a necessidade não atendida de planejamento familiar entre essas adolescentes é de 43%.

Agradecimento: Este artigo, teve o apoio da Neomedic Angola.

Fonte: UNFPA Angola / OPAS / UNICEF Angola / OMS

Mortalidade Materna e Infanto-juvenil em Angola

A mortalidade materna e infanto-juvenil continua a ser um problema de saúde pública em Angola. Muitos problemas de saúde que ocorrem durante a gestação podem ser evitados, identificados e tratados atempadamente através das consultas pré-natais e partos realizados por profissionais de saúde qualificados.

De acordo com o UNICEF Angola:  “apenas 61% das gestantes fizeram 4 ou mais consultas pré-natais e apenas 46% dos partos ocorrem numa unidade de saúde, registrando-se uma enorme disparidade entre o meio urbano e o rural, onde apenas 16% das mulheres tiveram o parto numa unidade sanitária.

Complicações durante e pós-parto, como hemorragia, doenças cardíacas, hipertensivas e infecções encontram-se entre as principais causas de mortes maternas, sobretudo nas gestantes adolescentes. Este quadro exacerba-se pela falta de assistência qualificada aos partos complicados e de emergência.

Quais as soluções?

  • Mais profissionais de saúde capacitados e com equipamentos adequados, a deslocarem-se e a trabalharem em áreas rurais remotas;
  • Trabalho conjunto a nível intersectorial, nomeadamente, reforço de parcerias estatais, sociedade civil e sector privado, em prol da redução da taxa de Mortalidade Materna e Infanto-juvenil;
  • Uso de tecnologia moderna, especificamente, ecógrafos portáteis, para um diagnóstico e acompanhamento mais preciso do estado de saúde de mulheres grávidas, que vivem fora dos centros urbanos.
  • Universalidade da Saúde
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