PRETAH: “ALMA VINTAGE”

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Com inspiração vinda da década de 70, 80 e 90, onde brilhos, botões personalizados e mangas balão são evidenciados com mestria. Desvendamos aqui um pouco mais o véu, sobre o mundo de feminilidade e intemporalidade, da marca Pretah, sob a assinatura de Rossely Paulo.

Quando é que Rossely Paulo descobriu o seu talento no mundo da moda?

Desde tenra idade que tenho interesse pela moda talvez pela grande influência que tive em casa (a minha mãe). No entanto, só muito mais tarde, já com vinte e muitos anos é que decidi apostar na moda de modo profissional, primeiro começando como stylist (criando looks), mas depois criando a marca Pretah.

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Nota-se claramente o cunho vintage impresso nas coleções da Pretah. Como é que surgiu a marca?

A marca surgiu num momento em que eu percebi que tinha a necessidade de expressar as minhas ideias e conceitos de modo artístico, através de peças de roupa. Tinha regressado recentemente a Luanda, depois de viver 8 anos no Reino Unido, e, apesar de ter absorvido muito da cultura ocidental, decidi criar um conceito onde as duas culturas convergissem dentro do conceito vintage.

© Wayne Fotografias


Qual é a sua fonte de inspiração?

A moda, em particular da década de 80, sempre foi uma influência para mim. Tenho como inspiração os apontamentos dessa época e como ponto de partida da minha auto expressão.

Quais foram os desafios enfrentados no início da sua carreira?

A abertura da empresa foi um grande desafio pelo processo burocrático moroso. A procura e seleção da equipa local para confecção também foi desafiante no início. Aquisição de material local foi um grande desafio.

A indústria da moda em Angola, infelizmente, ainda depende muito de importação de alguns materiais para executar o produto. Fale-nos um pouco deste processo, e do porquê do valor final.

É verdade, os criadores que fazem produção local, dependem muito da importação da matéria prima. Acaba por ser um enorme calcanhar de Aquiles pois muitas das vezes temos de organizar as nossas agendas das colecções com base na disponibilidade desta matéria-prima.

Felizmente já vão surgindo iniciativas locais tais como a Textang II, que, paulatinamente vai oferecendo ao mercado angolano, material têxtil produzido localmente. Esta iniciativa, vai efetivamente solucionando alguns problemas localmente.

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Colecção Bold 2018 / Modelo: Vanda Tchimondjue / Conjunto: Pretah / Fotografia: Carlos César
Temos conhecimento que atualmente a marca Pretah tem uma visão mais sustentável. Fale-nos um pouco da vossa adesão ao movimento #whomademyclothes (quem está por trás das roupas que vestimos).

Apesar de já praticarmos a moda sustentável, recentemente aderimos ao movimento da Fashion Revolution, que é um movimento global que tem como foco o exercício da moda sustentável em várias vertentes. A Pretah pratica a moda sustentável trabalhando com mão de obra local (maioritariamente mulheres), pagando um valor justo aos trabalhadores e aproveitando os restos de tecidos (zero waste) para confeccionar peças.

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Colecção Nostalgia / Modelo: Jandira Neto / Moda Luanda – Go Green / Fotografia: Délcio Costa
Qual a peça ou colecção que mais a marcou? E por quê?

Apesar do macacão ser a peça-chave da marca, a peça que mais marcou é a nossa bata best-seller que já reproduzimos em três colecções. Atualmente produzimos a bata anualmente em diferentes estampas e diferentes apontamentos.

A colecção que mais marcou foi em parceria com a designer gráfica Inês Meslina, que criou uma estampa de selos nacionais. Esta coleção teve uma grande repercussão não só pela sua mensagem, mas também porque uma das modelos da campanha representaram a comunidade de albinos, que infelizmente ainda é muito discriminada socialmente em Angola. A nossa ideia em integrar uma modelo albina é também para desconstruir esta imagem.

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Angola Fashion Week / Fotografia Délcio Costa
Qual é a visão da marca Pretah?

Temos como conceito criar peças  retrô-contemporâneas essenciais para o seu guarda-roupa, reflectindo assim tendências de moda e estilo intemporais, nostálgicas, elegantes e boêmias, com um toque vintage.”

Como define o mundo da moda angolano?

Um mundo com pouca divulgação. Apesar de já termos ícones da moda em Angola, ainda temos muito para explorar cá. Há uma onda de jovens criadores que só precisam de oportunidade de exposição do seu trabalho.

Quais foram os eventos de moda que participou e mais a marcaram?

Já participamos no Moda Luanda (3x), Angolan Fashion Week, AO International, e recentemente na FILDA.

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PRETAH | MODA LUANDA 2022
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PRETAH | MODA LUANDA 2022
PRETAH | MODA LUANDA 2022
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Como foi a inspiração da colecção apresentada no Moda Luanda?

Ao olharmos para o futuro, vemos dois caminhos emergentes que, embora completamente diversos, estão inevitavelmente interligados. Essa intensa dicotomia aparece em nossas escolhas de cores para a coleção ‘ML22’. onde vemos tons arrojados e pastéis que se prestam a declarações exageradas, refletindo nosso desejo de abraçar a vida com todo o vigor, com uma variedade de tons neutros e naturais que incorporam uma sensação de calma e contenção e satisfazem nossa necessidade de harmonia e tranquilidade.

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AO International Trade Show – 2021 / Conjunto: Pretah / Acessórios: Velvet Box / Fotografia: Limarta Photography

Para este ano ainda temos em carteira a colecção Cacimbo que está para breve, a coleção de Verão. Teremos mais duas surpresas antes do ano acabar.

Por fim, Revista Baiga é… consciente.
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