Não podíamos deixar de recomendar aqui, o novo livro de Luamba Muinga, por todos os motivos e mais alguns.
Começando pelo facto de ser uma obra made in Angola, passando pelo cunho cultural e criativo impresso, e culminando na evidência que Luamba, é um jovem que tem dado já “cartas” na cena literária nacional, nomeadamente, foi o vencedor do Prémio Imprensa Nacional de Literatura 2022.
© Mello Silva
Já o seu livro “Escritos Paliativos” lançado em Novembro, faz-nos viajar por temas como a solidão, a luta pela sobrevivência, as relações familiares e o exílio, numa colectânea composta por 17 contos que exploram a vida de personagens que se deparam com a constante necessidade de acolhimento.
Luamba Muinga é curador de arte, pesquisador cultural e escritor. A produção literária teve início através da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, porém consolidou-se na prosa, onde explora a intersecção entre a memória e a análise das narrativas históricas, pessoais e políticas.
O seu trabalho multifacetado cruza-se essencialmente na curadoria de arte contemporânea e produção cultural. É co-autor do livro de arte Are We Not Makers of History (Bag Factory, Joanesburgo, 2020) e coordena o LabCC – Laboratório de Crítica e Curadoria, uma plataforma de arte que dinamiza projetos multidisciplinares dentro de estruturas culturais. Foi o primeiro angolano galardoado com o prémio Seed Awards 2021, do Fundo Prince Claus, nos Países Baixos. Luamba também é co-fundador da revista eletrônica Palavra&Arte, além de colaborar com artigos e resenhas para o Cultura – Jornal Angolano de Arte e Letras e outras publicações internacionais.