AFROASY: UMA MODA MAIS “JUSTA”

AFROASY

Há muito, que seguimos a marca de moda angolana, Afroasy. E, com a recente apresentação da colecção Okulima, que na língua Umbundo significa cultivar ou trabalhar a terra, ficámos rendidos com as evidências.

Uma marca que claramente corresponde aos valores defendidos pela Revista Baiga, como responsabilidade social e ambiental, tem tudo para vingar no mercado nacional e não só.

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© Imagem cedida

Quando é que descobriu o seu talento no mundo da moda?

Desde muito cedo tive contacto com costura mas foi na adolescência que a vontade de criar peças autênticas para mim mesma se intensificou, a princípio eram simples customizações em minhas próprias roupas até sentir que queria trabalhar com moda e fazer mais.

Nota-se claramente que trabalha com materiais reciclados nas suas criações, como vê a importância do processo de reciclagem e do upcycling, nos dias de hoje.

Sobre a reciclagem e o upcycling nos dias de hoje, dada às problemáticas ambientais que o planeta tem encarado ao longo dos últimos anos, existe a necessidade de nos reinventarmos e ajustarmos a essa nova realidade, a reciclagem e o upcycling  são soluções, em meio a tanto caos, e ferramentas poderosas para a preservação do ambiente.

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© Imagens cedidas
Como é que surgiu a marca Afroasy?

A Afroasy surgiu de uma paixão pela arte, da vontade de criar e fazer peças únicas e apresentar para o mundo uma moda diferente com conceito e responsabilidade social.

Qual é a sua fonte de inspiração?

A vida por si só inspira-me, cada nascer e pôr do sol é  uma válvula para fazer acontecer as coisas, mas claro existem também pessoas que me motivam e impulsionam sempre, principalmente a minha família.

Quais são os principais desafios?

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Um dos principais desafios, devido à inflação no mercado, está na aquisição de materiais para a execução de trabalhos que pretendemos implementar no atelier.

Qual o feedback do público angolano, em geral, relativamente ao tipo de criações que apresenta?

O público tem recebido de forma positiva as nossas criações e identifica-se com o conceito que apresentamos. Já outras pessoas surpreendem-se felizmente pela positiva. Neste período, já temos um público fiel, um conjunto de clientes que vai sugerindo os nossos serviços a outras pessoas, contribuindo assim para o crescimento das solicitações.

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Como foi a apresentação da recente colecção, fora de Luanda? Qual o conceito apresentado?

Foi uma experiência muito boa poder sair da capital e apresentar a nossa marca para um público completamente novo, acho que por ser natural do Huambo foi ainda mais prazeroso poder levar uma criação nossa ao Huambo fashion week.

Tal como em todas as nossas criações, temos um estilo muito autêntico e artístico e esta criação não fugiu à regra. O nosso objectivo é alcançar  uma moda justa, transparente e igual para todos, e essa é a mensagem que levamos sempre para o mundo igualdade acima de tudo.

Levamos uma coleção num estilo street bem versátil que se adapta a todo tipo de ambiente. O nome da colecção apresentada é  Okulima que na língua Umbundo significa cultivar ou trabalhar a terra.

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Qual é a visão da marca Afroasy?

Revolucionar a moda angolana e ser a maior referência de moda sustentável no país e em África.

Como define o mundo da moda angolano?

A moda Angolana está num período de autoafirmação e reconhecimento, tem estado a conquistar o seu espaço e acredito estarmos no bom caminho para potencialização da  moda nacional.

Projectos em carteira, ou colecções que ainda vai lançar até ao final do ano?

Para este ano pretendemos apresentar mais uma colecção e participar em dois grandes eventos de moda (Aointernationaltradeshow e o Moda Angola), também pretendemos ter uma exposição e dar formação de moda sustentável direcionada às crianças.

De que forma relaciona a moda sustentável com a  sua marca?

Nós usamos várias técnicas relacionadas com a moda sustentável, por exemplo, trabalhamos maioritariamente com resíduos têxteis derivados da Textang II com a técnica de upcycling e produzimos acessórios a partir de caixas e sacos que recolhemos.

Por fim, Revista Baiga é…

A revista Baiga é conexão.

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